AS ALEGRIAS E TRISTEZAS DA VIDA
Maria Verônica12/02/2015
Quando somos bebezinhos choramos muito, mas não sabemos de nada. Qualquer coisa estamos sentindo: dor, fome, sono, saudade dos braços da mamãe ou do papai , que hoje não tem tempo nem pra olhar se o bebê está com a fralda molhada ou suja, se passou da hora do alimento, do remedinho para tirar dor de barriga ou outra dor que o filho sente.
A mãe sente tristeza e fica resmungando: Que menino chorão e aborrecido! O almoço já está atrasado! Daqui a pouco chega o seu pai e você não dá tempo pra nada!
Nisto chega o pai com celular moderno, mandando e recebendo mensagens. Já vai logo dizendo: Este menino chora tanto, que me faz perder a fome.
Este drama dura muitos meses. Depois vem os primeiros brinquedos, as roupinhas bonitas, os primeiros passinhos, os primeiros tombos que já fazem os pais sorrirem e ficarem alegres.
Com o passar do tempo vem a preocupação com escola. Onde vai estudar, quem vai levar e buscar, quem vai cuidar enquanto os pais trabalham...
Então o pai fala: Quando estava bebezinho era melhor! Você estava de licença aqueles meses e cuidava dele. E agora?
Ela responde: Estou pensando... Sua mãe poderia cuidar dele!
Ah sim! Porque não a sua! Diz o pai.
Ela sai nervosa dizendo: vou olhar creche!
Faz bem! Diz o pai.
Passa os dias e conversam de novo: Falta só um mês pra começar as aulas e nada feito. As creches estão lotadas.
Sua mãe olha de manhã e a minha olha na parte da tarde.
É o jeito! Embora as avós tem o costume de dar doces, balas pirulitos e alimentos que não são saudáveis para os netos. Mas o que fazer?
Se elas aceitarem vão ajudar bastante!
Passam- se os meses, anos, a mesma coisa: Levam e buscam os filhos pra casa da avó, levam e buscam na escola.
Quando passam dezesseis, dezoito anos, os filhos resolvem tudo sozinhos. Mandam e desmandam. Dispensam qualquer pessoa para acompanhá-los.
Então é a tristeza e preocupação dos pais. Ficam o pai e a mãe perguntando um ao outro: Será com quem estão nossos filhos? Onde estão andando? Não sabemos! É a resposta.
O mundo moderno ensina muita coisa... Se tem dez acontecimentos bons, tem mil horrorosos.
Então sentem saudade do choro do filho pequeno e dos doces, balas ou qualquer coisa que a avó oferecia aos netos.
Ficam comentando: Como era bom todos juntos! Agora é só preocupação, nada mais.
-
Conheça a Dona Verônica -
Eu, Maria Verônica de Abreu Santos, nasci no dia 9 de abril de 1938, no povoado de Limas do Pará.…
Continuar lendo