PISANDO EM TERRA BRUTA

Maria Verônica06/02/2015

Nesta terra onde nasci
Mudou tudo de repente,
Vão dividindo as fazendas
Destruindo as nascentes.
Eu vejo tudo de perto
Daqui nunca estive ausente
As lavouras estão secando,
Sem produzir a semente.
A terra trincou de seca
Onde havia água corrente.

Ribeirão que transbordava
Hoje tem poeira ardente
É tempo de muita chuva
Mas o sol está presente.
Vou pisando em terra bruta
Onde lutei contra enchente,
O povo inventando coisas
Muitos tipos diferente.
Quero ver é fazer chuva
E esfriar este sol quente.

Tem muitos querendo ser
Mais que Deus Onipotente,
Fabricando coisas feias
E a maldade vem na frente.
Eu vivo aqui no meu canto
Levo a vida simplesmente,
Recordo as grandes colheitas
Que faziam nossa gente.
Hoje ninguém enche as tuias
Como enchia antigamente.

Eu sei que os cientistas
Estão muito inteligentes
Fazem alguns medicamentos
Curando muitos doentes,
Os aparelhos sem fios
Onde falo com os parentes.
Queria é saber a vida
Que terei eternamente,
Isto só pertence a Deus
É segredo pra esta gente.