Maria Verônica01/01/2014

Escrevo porque gosto muito. Escrevendo, arejo minha cabeça, não tenho maus pensamentos, nem fico me lembrando de macacoas que às vezes sinto. Quero dizer as doenças que chegam com a idade.
Escrevo mesmo por gostar. Sei que nunca serei uma escritora famosa ou mesmo conhecida em nenhum estado, nem na cidade onde nasci, Pará de Minas, um pedacinho do estado de Minas Gerais. Mas eu mesma me acho muito famosa, pois tenho coragem de escrever o que penso. Sinto e escrevo as poesias e textos. Vou com meus escritos formando pequenos livros. Muitos parentes, amigos tem lido alguns deles e parecem gostar. Sei que alguns me criticam, mas isto até me ajuda a melhorar um pouco.
Escrevendo vou recordando o passado e vivendo meus dias sem me preocupar com a vida alheia. O que passei de bom, sinto saudades. O s piores momentos que vivi, agradeço a Deus por ter me dado forças para vencê-los.
Amo de coração este Brasil tão querido e este pedaço de terra onde nasci. De outros estados, nada conheço. Só visitei Aparecida do norte umas três ou quatro vezes. É um pedacinho do céu aquele lugar! Se quando passar para o outro lado, encontrar um cantinho igual Aparecida do norte, serei feliz eternamente.
Mas penso que segredo de Deus não será descoberto por ninguém aqui na terra. Nem os maiores cientistas, nem mesmo O Santo Papa com tanta sabedoria e santidade, pois o céu é o maior segredo de Deus. Acho que teremos muitas surpresas quando passarmos para o outro lado.
Agradeço meus familiares que me convidam tanto para viajar, mas gosto de ficar mesmo é na minha casa.
Seja campeão Brasil! Saúde e feliz 2014 para todos!

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31/12/2013

Não sei se acontece só comigo ou se outras pessoas sentem o que eu sinto...
Quando chega dezembro, do meio do mês para o fim, na minha imaginação vejo uma ponte grande para atravessar de um ano para o outro. Debaixo da ponte tem um vácuo ou um rio. Vou notando que a ponte fica maior a cada ano. Na realidade não vejo nada, é invisível, somente sinto que está cada ano mais difícil para eu chegar do outro lado.
Estou com as pernas trêmulas, a ponte está balançando, não vejo onde posso segurar... Vou seguindo devagar... É a idade...
Acho que quando vamos ficando mais velhos, sentimos dificuldades e precisamos de ajuda... Mas nem sempre aparece alguém disposto a oferecer a mão a quem precisa. Existem muitos adolescentes e jovens que são capazes de dar gargalhadas quando veem idosos ou indefesos darem um tropeção ou caírem no chão. Não pensam que estão passando pelo mesmo caminho onde os idosos passaram e que um dia podem precisar de ajuda também.
Nos dias de hoje tem muita leitura e quase nada de educação.
No meu tempo de jovem existia pouca leitura, mas muita educação. Muitos idosos e idosas não sabiam nenhuma letra do alfabeto e tinham tanta educação que chamavam os mais jovens de senhor ou senhora. Costumavam oferecer ajuda dizendo: “Se precisar de mim, estou às ordens” e explicava: “ Não sei fazer muita coisa, mas faço de boa vontade para a senhora, está bem?” Se formavam uma roda ou se faziam um baile não tinha separação, os jovens e as pessoas mais velhas brincavam e dançavam juntas.
É pensando estas coisas, cantando versinhos e cantigas de roda que vou atravessando a ponte invisível.

Vejo tanta gente com diploma na mão, formado em tanta leitura e esqueceram dessa coisa tão bonita chamada educação. Andam com o nariz empinado que quase chega na testa. Tem vergonha de dar bom dia, boa tarde ou boa noite. Não dão um sorriso pra ninguém. Todos têm a sua turminha, parece que o mundo é só deles. Até com os pais, fazem falta de educação.
Graças ao bom Deus, estou quase no fim da ponte... Posso ver chegar o ano novo... Mas estou pensando naqueles que nem puderam sentir que existia uma ponte invisível... Parentes, amigos, conhecidos, mesmo quem não é nada meu, sofrendo em um leito de hospital, na sala de cirurgia ou com uma doença triste... Pessoas que perderam alguém que tanto amavam... Para estas, a travessia foi ainda mais difícil.
Peço a sagrada família de Nazaré, aos santos reis magos, guardar as crianças, livrando-as de todo perigo e nos ajudar na travessia da ponte de 2014 para 2015. Muita saúde, paz e EDUCAÇÃO para todos nós. Que a ponte seja menor e que tenha um corrimão para que possamos segurar.
Nosso Deus também é invisível, mas está em cada canto de nossas casas... Onde se encontra uma pessoa ele está presente. Peço a Ele que não deixe ninguém sozinho, mas que a maior parte do tempo passe ao lado dos sofredores ou doentes. O senhor é a visita mais certa e esperada de cada enfermo.


a

Maria Verônica25/12/2013

O meu coração mandou,
Eu escrevi sem demora.
Uma pequena mensagem
Fui escrevendo na hora.
Parabéns, Virgem Maria!
Parabéns, Nossa Senhora!
És a mãe do Salvador
Que nasceu no mundo agora.

Quando o anjo anunciou,
Perturbou-se na verdade.
Mas o anjo disse tudo,
Qual seria a novidade.
Maria então disse SIM
Com carinho e bondade.
EIS A SERVA DO SENHOR,
FAÇA-SE EM MIM TUA VONTADE.

O filho que deste a luz
É nosso maior encanto.
Veio trazer o perdão
E enxugar nosso pranto.
Dar alívio aos sofredores
Que padecem em cada canto.
Parabéns! Oh, Virgem Mãe!
Esposa do Espírito Santo.

a

Maria Verônica14/12/2013

Chorei e choro,
Eu chorei e vou chorar.
Só queria entender
Porque quis me abandonar.
Nunca deixei faltar nada.
Tudo que ela quis, eu dei.
Com dinheiro ou sem dinheiro
Ela mandou, eu comprei.

Violão deixei de lado.
Já não quero mais tocar.
Escondo dos meus amigos
Pra nenhum me aconselhar.
Conselho se fosse bom,
Ninguém dava, só vendia.
Me desculpa meus amigos,
Quero chorar noite e dia.

Eu só quero descobrir
Com quem ela foi embora.
Vizinhança nada fala,
Então choro toda hora.
Sei que o angu tem caroço,
Do contrário alguém dizia.
Sofrer com estou sofrendo,
Choro mesmo noite e dia.

a

Maria Verônica12/12/2013

Vem seu moço!
Dá uma chegada aqui!
Ver a terra onde moro,
O rancho onde nasci.
Conhecer a mina d’água
Que abastece o povoado.
Saracura lá no brejo,
Seriema no cerrado.

Vem ver de perto
As belezas do lugar,
Flores que brotam no campo
Sem ser preciso plantar.
Ver a poeira da estrada,
Aonde o asfalto não veio.
Eu acho tudo tão bonito
Tem gente que acha feio.

Vem ver o jeito
Que o povo dança na roça.
Pulando, levanta o pó
No terreiro da palhoça.
Nas noites de lua cheia
Nem acende o lampião.
É com o brilho das estrelas
E a lua e seu clarão.

Quando estudei,
Foi aí nesta cidade.
Senti o tempo parando,
Quase morri de saudade.
Encontrei muitos amigos,
Porém não pude esquecer.
Espero vocês aqui,
Pois na roça vou viver.

a

Maria Verônica11/12/2013

Jesus semeou a semente,
Me pediu para dela cuidar.
Que eu não parasse no tempo,
Ajudasse também semear.
Bem depressa aprendi que a semente
É a palavra que devo ensinar.
Pelo mundo andei semeando
Explicando como cultivar.
Porém minha ilusão foi maior,
Deixei a semente secar.

Estou vendo que só eu passei
E o tempo parado ficou.
Sem seguir a palavra de Deus,
Não fiz nada que ele mandou.
Da ilusão e riqueza do mundo,
Só tristeza e desgosto sobrou.
Pelas ruas, vivo mendigando,
Com o resto que o povo deixou.
Quem também consumiu meu dinheiro,
Nem procura saber como estou.

Com os trabalhos da vida, eu pensava.
Se pudesse queria voltar.
Eu ouvi uma voz me dizendo:
“nunca é tarde pra recomeçar."
Pega logo a palavra de Deus
E comece de novo ensinar.
Procura de novo a semente
Pelo mundo comece espalhar.
Com muito cuidado e carinho,
Novamente ela torna brotar.

a

Maria Verônica26/11/2013

Muitas vezes a gente erra,
Sem notar que está errando.
De repente a gente ama,
Sem saber que está amando.
A coisa que mais detesto,
Ver alguém me criticando.
Me abraça e vira as costas,
Mal de mim está falando.

Certos parentes e amigos,
Gostam bem de aparecer.
Num jeitão de brincadeira,
Procuram te ofender.
Porém um pingo é letra
Pra todos que sabem ler.
Então já descobriu tudo
Que queriam te dizer.

Para escrever poesia
Tem que ter inspiração,
Cabeça bem arejada,
Caneta firme na mão.
Escrever só as palavras
Que manda o coração
E as frases mais bonitas,
Guardar pra recordação.

Gosto de escrever depressa
Para nada esquecer.
Sou igual uma criança
Que tem pressa de crescer.
Não sabe que gente grande,
Sofre muito sem querer.
Muitos podem não gostar
Do que acabei de escrever.

a

Maria Verônica24/11/2013

Cheiro de terra molhada
É alegria no sertão.
As terras já preparadas,
Vai fazendo a plantação.
Este ano tem fartura:
Milho, café e algodão.
As hortaliças verdinhas,
Também arroz e feijão.
Sertanejo não reclama
Dos grandes calos na mão.
Seu protetor de pele
É o suor que cai no chão.


Sertanejo de verdade,
Nunca perde a tradição.
Trabalham sempre em família,
Forma grande mutirão.
Se tem gente adoentado,
Eles fazem reunião.
Limpam as roças do doente,
Sem ganhar nem um tostão
E lá no eito da roça,
Cantam bonita canção.
Só cantiga sertaneja,
Coisas lindas do sertão.

Sertanejo dorme cedo,
Levanta de madrugadão.
Já está no pé do eito,
Quando o sol traz seu clarão.
Se a seca é prolongada,
Eles fazem oração.
Vão rezando e pedindo,
Ao santo de devoção.
Quando começa a chover,
Até choram de emoção.
Dizem que o pingo da chuva,
É ouro que cai no chão.

a

Maria Verônica17/11/2013

Eu plantei rosas vermelhas
Em um canto do jardim.
No outro plantei o cravo,
Bem no meio alecrim.
Pra completar o canteiro
Plantei mudas de jasmim.
Formigas cortaram todas,
Não deixou nada pra mim.

Tornei cavar o canteiro,
Plantei tudo novamente.
Pra não ter outro desgosto,
Plantei tudo diferente.
Só de flores coloridas,
Escolhi bem a semente.
Veio borboletas brancas,
Matou todas de repente.

O que não é pra ser nosso,
Não é preciso teimar.
Assim fez meu amor,
Quando quis me abandonar.
Nem ligou se eu sofria,
Te pedindo pra ficar.
Foi embora com alguém
Para nunca mais voltar.

a

Maria Verônica18/10/2013

Rimar verso não é fácil.
É preciso pensar bem.
Pra falar da vida alheia,
Pensa na sua também.
Só vê defeito no outro,
Não olha o que você tem.
Cuida de você primeiro
Pra depois falar de alguém.
Faço rima porque gosto,
Não quero te magoar.
Eu sei que você falou
Que meu verso é sem rimar.
Faça do jeito que faço
Muita gente vai gostar.
Sou bastante inteligente
E posso te ajudar.

Eu gosto muito de mim,
Assim do jeito que sou.
Mesmo tendo a certeza
Que alguém de mim falou.
Um abraço pra você
Que leu meu verso e gostou.
Não posso agradar a todos,
Nem Jesus Cristo agradou.

a

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